sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Cadernário

Ao longo dos anos eu me apeguei cada vez mais aos meus cadernos de desenho. No início, eu costumava desenhar nos cadernos de matéria da escola quando o semestre terminava. Adorava chegar em julho e ver que um caderno de 12 matérias tinha ainda três sobrando, só esperando meus rabiscos. Eu não costumava comprar cadernos pra desenhar porque não conseguia me ater a eles. Isso mudou quando eu ganhei um notebook de uma amiga em 2011. Um caderno francês que chamei de Charles. Eu e o Charles não duramos muito, apesar de eu ter me apegado bastante a ele. É que o Charles tomou banho de chuva e a capa caiu, as folhas murcharam e minha mãe despachou ele pro lixeiro sem que eu notasse. 

Daí um tempo depois veio o Charles II, um Moleskine preto que eu comprei pra criar o hábito de  desenhar mais. E o Charles II durou bastante! E foram muitos os momentos felizes que eu passei com ele também… o que inclui a viagem que eu fiz pra Austrália. O Charles II é o maior registro que existe da fase do rei tigre. Ainda com o Charles II eu comprei mais seis cadernos. Os três notebooks Eagle, Nobel e Lizard (nomeados por uma música do Animal Collective) e o Cão, o Gato e o Guaxinim (que tem esses animais na capa). Dos três primeiros só o Nobel voltou comigo pro Brasil. Os três animais também voltaram comigo, mas eu nunca usei eles propriamente. 

Cheguei a conclusão de que comprar cadernos ta virando quase um vício. Além desses eu comprei ainda três vermelhos, que me recusei a dar nome pra não me apegar tanto. Então resolvi frear esse hábito de comprar comprar comprar (até porque os Moleskines estão cada vez mais caros). Agora to  eu mesmo fazendo os cadernos. É bom já que pela dedicação que eu coloco em cortar, costurar e pintar o valor deles pra mim é bem grande. Também não fico me proibindo de rabiscar nas folhas com medo de acabarem as páginas e eu ter que desembolsar mais dinheiro. Eu na verdade quero finalizar eles bem rápido e logo fazer outro. Também não tenho pena de amassar, sujar, deixar molhar. Fiz eles num tamanho que dê no bolso de trás da calça, justamente pra andarem comigo pelas intempéries e a umidade de Belém.

No fim, eu to fazendo muitos cadernos. E nem todos só pra mim, mas pra dar de presente também. Daí resolvi manter um registro, com nome, data de criação e pra quem ele foi entregue. Vou chamar de cadernário e atualizar aqui nesse post. Então lá vai.

Aldrich Primeiro caderno que eu fiz a mão. Pintei nele as folhas de oliveira. Criado em julho de 2015. 
Regulus Segundo caderno que eu fiz a mão. Da linhagem do Aldrich. Pintei nele a coroa. Foi entregue ao Matheus. Criado em julho de 2015. 
Carl Terceiro da linhagem do Aldrich. Pintei nele o gramofone. Foi entregue a Ludmylla em agosto de 2015.
Antares Primeiro da linhagem azul. Pintei nele estrelas, cometas e planetas. Foi entregue a Luíza pelo Matheus. Criado em outubro de 2015. 
Cardin Segundo caderno que eu fiz pra mim. Carrega na capa escrito "Once I was an eagle", nome de um álbum da Laura Marling. É vermelho e as folhas são rosadas.
No Name Caderno vermelho que fiz pro meu amigo Matheus. Ele não informou um nome, então vou deixar esses. O caderno tem um olho-que -tudo-vê na capa.
Red Rose Caderno vermelho que carrega na capa "Water, water on the seeds, to my left they rose and leaf, to my right cross seven seas", da musica "Lonely, lonely" da Feist. 
Arctic Um dos cadernos do oceano. Azul. Tem uma baleia naval pintada na capa.
Atlantic Um dos cadernos do oceano. Azul. Tem uma baleia cachalote pintada na capa.
Indian Um dos cadernos do oceano. Azul. Tem uma lula gigante pintada na capa.
Pacific Um dos cadernos do oceano.  Azul. Tem uma tartaruga marinha pintada na capa.
Southern Um dos cadernos do oceano. Tem um pinguim pintado na capa.

2 comentários:

  1. Muito legal sua história, teria também foto dos cadernos? Parabéns.

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    1. Tem essa aqui http://bit.ly/1QRQJAM, mas não tão todos aí. Eu provavelmente vou postar no instagram as próximas. Muito obrigado!

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