#Meettheartist

Tem um tempo que eu gostaria de ter feito esse meme já, mas nunca saiu como eu queria. Semana passada a tag voltou pra minha timeline pela @taryndraws e eu achei bom tentar desenhar de novo. Eis que dessa vez fiquei contente com o resultado. Fiz tudo em inglês, porque foi pro instagram, mas traduzindo as coisas que eu gosto são: montanhas, baleias, suéteres, a cor azul, aipo, chá e mingau. Já as coisas que eu não me dou bem ou não gosto são: meias molhadas, tomar decisões, a cor vende, molho barbecue, jujubas, vegetais de cor laranja cozidos e ser acordado (odeio demais).

Além disso, no desenho tem ainda algumas coisas que eu carrego comigo diariamente na mochila, como o material de desenho. Pra algumas dessas coisas eu dou nomes. Eu faço isso desde que era criança, então parece perfeitamente normal, mas meus amigos sempre riem. Meus aparelhos eletrônicos tem nomes relacionados ao espaço (space rider, space cowboy, spaceship) e eu dou nome aos cadernos também, mas isso já mencionei aqui antes.

Um collab com a Isadora

Eu adoro o trabalho da Isadora Zeferino e acho que deixei isso claro algumas vezes aqui. Dentro do Instagram ela foi umas das primeiras artistas que segui e como ela sempre posta, me estimulou bastante a mostrar minha arte por lá. Eis que esse mês os temas dos desafios do grupo 2minds voltaram e a gente se juntou pra fazer um collab. O tema que nós escolhemos foi "hipsters" e daí fizemos o casal mais descolado de uma galáxia distante. O perfil da Isadora no instagram é esse aqui (ela arrasa!!).

Speedpainting process

Oi gente! Sempre me perguntam como eu faço pra colorir meus desenhos e eu geralmente indico esse post aqui. Como só ta em português, tem muita gente que não consegue entender tudo. Eu acabei fazendo um video do meu processo pra mostrar pra uma amiga e agora resolvi deixar ele público. Assim todo mundo pode da uma espiada como eu faço esses cabelos coloridos. Spoiler: é uma bagunça. Ignorem o desenho simplíssimo e muito obrigado por verem <3

 

Pokémon Collab IV

Recentemente participei de uma collab de pokémon da geração 4. Nas collabs vários artistas se juntam e desenham sobre um mesmo assunto. Fiquei encarregado de desenhar o Buizel e o Bibarel. A Collab completa ta aqui no Behance.

O diário do Otto

O espírito de mudança e de esperança do ano novo chegou chutando as portas deste antigo e místico blog. O diário do Otto, meu projeto pessoal, foi beeem encaminhado nos últimos dias. Pelo que planejei tem um mar de desenhos a serem feitos e muuito texto pra ser escrito, mas ja fiz diversos rascunhos e adiantei parte do conteúdo escrito do projeto. O diário é sobre a viagem que o Otto fez descendo por várias cidades e povoados das terras do norte, desenhando e escrevendo sobre as experiências que ele viveu. É o projeto mais ambicioso que eu comecei, mas se tudo der certo vai ficar incrível! Eu devo postar alguns rascunhos por aqui e pelo instagram durante essa jornada.

2016

Já vai quase dobrando a esquina o 2016. Esse foi um ano muuuito importante pra mim como ilustrador. 2016 fixou meus pés e me ajudou a alcançar uma aceitação interna sobre o valor do meu trabalho. Foi quase que inteiro mostrar meu trabalho para as pessoas e fazer isso de formas diferentes. Entrei em grupos de desenho, desenhei fanart, entrei em concurso (e ganhei!!) e conheci gente muito legal da área. Foi incrível pra construir essas pontes com outros artistas e aprender com eles. Talvez uma das lições mais valiosas que eu tenha aprendido esse ano foi a da singularidade de cada um e o valor inato que cada artista, estilo e mensagem tem pra um conjunto maior e mais diverso.

Outra coisa importante que eu observei é que 2016 foi praticamente inteiro sobre a estética das coisas e como elas são representadas por mim. Testei muito meu estilo e, apesar de ainda não ter decidido muito bem o tipo de desenho que eu quero fazer (quadrinho, editorial, moda), testei de tudo.  Em 2017 quero encontrar meu foco, mas além disso ano que vem espero me aprofundar mais na mensagem e menos na estética. Eu pretendo desenhar mais sobre a minha vida e os fatos que formaram meu caráter, as minhas vontades, as tristezas e as coisas que me movem. O próximo ano também tende a ser um que antecede mudanças drásticas profissionalmente e deve ser um ano de passos mais largos que 2016 nesse ponto. Meus planos são desenhar mais trabalhos autorais, como o do Otto, e mais sobre minha vida.

Ainda tem muuuita coisa que eu planejei pra 2016 e não consegui por em prática, por motivos que vão desde minha vida pessoal até a rotina acadêmica. E, olhando pra trás, poderia ter sido pior. Felizmente eu tive a ajuda de gente incrível que tava do meu lado pra me dar suporte em dias ruins. Muitos dos meus desenhos em 2016 seriam histórias tristes se não fossem pelos meus amigos.

O ano montanha russa já vai dando tchau e o melhor ano em décadas já vem ali. Eu tenho muitas esperanças nesse que precede uma tempestade. Já tem gente no porto, agora chegou a hora de zarpar.

the rest is NOISE

Doodles #8

Third eye

Wallpapers!

Isso é algo que eu deveria ter feito há tempos, mas só coloquei em prática agora. Vi alguns amigos na internet usando uns desenhos como wallpaper de telefone e lembrei dos padrões que eu tinha feito no instagram há um tempo. Dá pra usar na área principal, no whatsapp, viber etc etc. Pode clicar nas imagens e pegar e compartilhar que tá free e com amor.

  

(click on the image to download the full size archive)

Don't wake the dreamer

don't wake the lover

Para Tati

um trabalho que fiz pra uma amiga muito querida :-))

Hermione ❤︎

Kill'em

Doodles #4

30/09

26

While the day breaks and a boy is born, twenty six birds sing: "we're glad you exist".

Doodles #3

Recentemente coloquei minhas mãos em uma série de rascunhos que eu fiz lá em 2013. Todos eles eu desenhei no intervalo de contato entre com um paciente e outro. Sempre usava uns recortes de papel que eu conseguia numa gaveta, na mesa de alguém do ambulatório (inclusive, preciso pedir desculpas pra pessoa por sumir com eles). Escaneei todos os que eu tenho em mãos e coloquei aqui, pra não perder nunca mais. Eles não fazem muito sentido mesmo.

NEVER ENOUGH

TOO MUCH TOO MUCH TOO M

***

A embarcação teve o corpo partido num estalo. A brutalidade marítima era prevista, mas atingiu a nave cedo, na esquina do conforto e do medo. Um jaguar silencioso, faminto, rasgou as velas, dobrou os mastros, cortou a carne, o casco, feriu. Fez jorrar sangue profundo, denso e vital. Sangue fugiu da jugular e se lançou ao mar. Sangue gasto, perdido. E o capitão ferido na conexão da cabeça ao coração. Dor e dor e então o mar salgado. Homem ao mar, à deriva. E o mar respondeu, engolindo o homem. O capitão sentiu então outras dores, um punho torcido, uma costela quebrada e a escoriação de semanas atrás que ele havia deliberadamente ignorado. O sal reviveu dores antigas. Pés e pernas, tronco e braços pesaram. O casaco azul pesou. Sempre pesou, mas na água couro era pedra e sem muita cerimônia o capitão cedeu. O homem afunda porque pesa, mas principalmente porque cansa. E o cansaço - e o sal - fizeram o capitão pensar que se afundasse o suficiente encontraria a superfície. Pensou então na última vez que se perdeu pro mar e na mágoa e aflição em ter os pulmões preenchidos por água salgada. Sentiu dor e desolação. Deixou o mar levar as botas… e então casaco azul. Cedeu, leve e aberto pelo cortes, ao mar. Este, compassivo como poderia ser, decidiu não o afogar. Dançou com o corpo do homem num balé harmonioso. As águas tem anseios distintos. Dançou até se cansar dos movimentos desconcertados e do corpo inerte do homem. Entregou-o, por fim, à terra.

*** inspirado por trichrome-blue, da loish.